Márcia
wayna kambeba
Baú de ideias
Proposta Pedagógica 4
Márcia Kambeba é uma mulher muito versátil, como pudemos observar nas referências apontadas por este site. Uma de suas facetas é também a de “contadora de histórias”.
Enquanto conta seus contos ou declama seus poemas, cria toda uma atmosfera cênico-musical, através de instrumentos advindos da cultura Kambeba.
Coloque os alunos em contato com o material audiovisual disponibilizado na aba “Entre e fique a vontade” ou através das redes sociais da autora. Em seguida, peça para que em grupos de até cinco integrantes preparem um exercício cênico a partir dos contos ou poemas de Márcia.
Em momento oportuno combinem uma ocasião para partilhar esses exercícios, publicamente ou não. Caso o engajamento da turma seja grande, a experiência de costurar todos os exercícios num único espetáculo pode ser muito interessante e desafiadora.
Proposta Pedagógica 3
Na obra Ay Kakyri Tama (Eu moro na cidade) Márcia Kambeba retoma a história e a importância do povo Kambeba para a formação de uma parcela do povo brasileiro. Para tal se utiliza de poemas e fotografias, que ela mesma realiza, do cotidiano de seu povo.
Infelizmente denúncias são inevitáveis, e é neste momento que sobrevivente de um povo, fotógrafa, ativista e poeta se unem em uma só pessoa.
Inspirados pela imagem e poema contidos no Anexo I, encontrado aqui na aba Baú de Ideias, solicite aos alunos que assim como a autora, de câmera ou celular em punho, registrem algo que gostariam de denunciar no meio em que vivem.
A partir da foto retirada devem confeccionar um poema, traduzindo para o campo lírico aquilo que a imagem desperta.
Proposta Pedagógica 2
O significado dos grafismos e das pinturas corporais para os indígenas vai muito além do decorativo. Eles marcam a identidade dos povos originários, considerando sempre as diferenças e as particularidades de cada etnia para estabelecer simbologias próprias.
Vamos nos debruçar sobre a pesquisa dos grafismos do Povo Kambeba? Mas, para além de identificar e reproduzí-los, é fundamental entender qual o significado dos padrões, em quais situações são usados, quem os carrega, quem os imprime no corpo do outro.
Como produto final, sugerimos a montagem de uma exposição física, em forma de instalação, que aproxime o público, proporcionando a imersão no universo Kambeba a partir de seus grafismos.
Proposta Pedagógica 1
No povo Kambeba, assim como acontece em praticamente todas as culturas de povos originários, a oralidade é muito presente.
Para preservar esta tradição, apesar dos grandes desafios contemporâneos, o povo Kambeba ainda promove momentos diários de escuta dos seus anciãos. Neste momento eles contam suas próprias histórias, histórias de seus antepassados, causos cotidianos e histórias tradicionais da cultura daquele povo.
Obviamente diálogos acontecem, mas estes são momentos definitivamente de escuta e encantamento dos mais jovens. São momentos de aproximação com sua ancestralidade, tradições e origens.
Proponha aos alunos que saiam a campo procurando resgatar também suas origens através de simples conversas em família com seus “mais velhos”.
Oriente para que tenham uma escuta ativa, e que interrompam apenas quando as perguntas servirem de alimento narrativo para quem estiver com o uso da palavra. Peça para que não escrevam e não gravem vídeos ou áudios enquanto escutam.
Na sequência, depois de conhecer algumas histórias familiares, eleger uma delas e a escrever, tal como se lembra, com o maior número de detalhes possível. Este registro servirá apenas para estudo e rememoração da narrativa.
Combine uma data para a partilha de histórias e incentive-os a criar uma atmosfera acolhedora, onde um a um contem para os colegas suas histórias.